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Goldfajn diz que trabalha para reduzir juros e quer inflação de 4,5% em 2017

Notícias 28/06/2016

'Meta de 4,5% para 2017 é o nosso objetivo', disse Ilan Goldfajn.Ele sinalizou que queda de juros depende de ajustes na economia.

O novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, informou nesta terça-feira (28), ao comentar orelatório de inflação do segundo trimestre deste ano, que a instituição não irá recomendar ao Conselho Monetário Nacional (CMN) elevar a meta central de inflação para 2017, que está fixada em 4,5%.

Goldfajn disse ainda que o BC e o governo estão adotando medidas para permitir a queda na taxa de juros no Brasil "de forma responsável."

“Estamos criando condições para a queda da taxa de juros. Todos esperamos que as condições se apresentem para a flexibilização da política monetária [redução dos juros básicos da ecomomia]", disse Goldfajn em sua primeira entrevista a jornalistas.

"Tem de ter as condições necessárias para que seja feita [a redução dos juros] de forma responsável”, completou ele.

Sistema de metas
O Brasil possui um sistema que fixa metas para a taxa de inflação de cada ano. Ele prevê uma meta central, que deve ser buscada pelo BC. Para 2016 e 2017, essa meta central é de 4,5% no ano.

Entretanto, esse sistema possui intervalos de tolerância, hoje em 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Assim, se a inflação deste ano não chegar aos 4,5%, mas ficar, por exemplo, em 6,5% (dois pontos percentuais acima), o Banco Central não terá descumprido a meta formalmente.

Para frear a inflação, o principal mecanismo usado pelo BC é a alta da taxa de juros (Selic). O BC mantém há meses a Selic em 14,25% ao ano, o maior patamar em 10 anos.

A Selic influencia na taxa de juros cobrada pelos bancos e instituições financeiras. Com o crédito mais caro, as pessoas consomem menos e, com isso, o preço dos produtos tende a cair. Entretanto, os juros altos também dificultam a retomada do crescimento da economia e a criação de empregos.

Goldfajn observou que alguns analistas projetam que a inflação pode ficar um pouco acima da meta central no ano que vem.

"Mesmo nesse caso, com magnitude do desvio [pequena], não tem necessidade de adotar meta ajustada para 2017. A meta [central] de 4,5% para 2017 é o nosso objetivo", acrescentou.

Estimativa para 2017
De acordo com estimativas feitas pelo Banco Central, a inflação oficial do país atingiria 4,7% em 2017 somente se a taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano (o maior patamar em dez anos), não for reduzida até o fim do ano que vem.

A projeção considera, ainda, a taxa de câmbio estável em R$ 3,45 por dólar.

Quando considera as estimativas dos economistas dos bancos para juros e câmbio nos próximos meses, contemplando redução da taxa Selic neste ano e no próximo, o BC prevê que o IPCA (a inflação oficial, medida pelo IBGE) ficaria em 5,5% no ano que vem – bem acima do objetivo de 4,5%.

Goldfajn sinalizou, porém, que os ajustes na economia, com controle de gastos públicos e outras medidas que podem ser adotadas pela equipe econômica, podem abrir espaço para redução da taxa básica de juros no futuro.

"Eu acredito que podem ser criadas condições para a queda dessa projeção [de 5,5%, com base no cenário de mercado] no futuro. Estamos no início das condições de ajuste na economia, que tem todo potencial, se aprovadas, de aumentar a confiança e de queda do risco Brasil”, declarou ele.

Dívida pública
Goldfajn acrescentou que há medidas de médio e longo prazos visando a melhoria das contas do governo e que, se aprovadas, têm condições de melhorar a dinâmica da dívida pública. A dívida vem crescendo nos últimos anos, o que leva à piora das avaliações e das perspectivas sobre a economia brasileira.

Recentemente, o governo propôs a instituição de um teto para gastos públicos nos próximos anos. Enviado ao Congresso, o projeto prevê que as despesas de um ano não poderiam crescer mais do que a inflação do ano anterior, abrangendo inclusive os setores de Saúde e Educação.

A proposta visa tentar conter a forte deterioração das contas públicas, que pode ter um rombo de até R$ 170,5 bilhões neste ano.

“Outras medidas para a economia estão sendo aprovadas e outras negociadas com a sociedade. Na medida em que a confiança volte, tenho convicção que as projeções de inflação tendem a cair. Com melhores condições, projeções caem mais rápido e ao menor custo [para o crescimento da economia]”, declarou Goldfajn.

Além do teto para a dívida pública, a equipe econômica também negocia uma reforma da Previdência Social, sinalizando que pretende adotar uma idade mínima de aposentadoria. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já informou que essa reforma pretende englobar os servidores na ativa, com regras diferentes para quem está próximo de se aposentar.

Por Alexandro Martello - G1
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